Direção, roteiro, desenho e animação: Jorn Leewerink
A sociedade entra em colapso quando um grupo de animais explora um porco adormecido conectando uma rede elétrica ao seu focinho. Veja como eles esgotam seus recursos e continuam parecendo fofos enquanto fazem isso!
Comentário 💭
Eu não conseguiria dizer quantas versões diferentes já vi de obras retratando o fim da sociedade, ou quase. Mas existe algo único na animação que é a capacidade de lidar com o absurdo sagaz, trazendo elementos e características visuais que nos colocam em uma viagem sensorial, sem nos perdermos no que ela realmente está tentando dizer. Talvez sejam os excessos: detalhes, cores, formas, sons, símbolos… coisas que são de certa forma limitadas no filme tradicional, exceto claro, quando carregado de VFX ou hiperestilizado, mas entra em outro lugar.
PIG tem essas linhas peculiares e detalhes curiosos que guiam nosso olhar facilmente, mas não deixa de explicitar sua crítica contra o consumo, e não é qualquer consumo, é ele em sua máxima, até o esgotamento. E quando tudo colapsa e há aquele breve momento para que a sociedade evolua consciente, nos voltamos para uma nova fonte em um ritmo ainda mais acelerado e frenético, consumindo até o esgotamento, novamente. É um ciclo sem fim, ou melhor, que termina quando tudo termina.
O que você perdeu 🍂
Nas últimas publicações vimos O Orfão (2019) de Carolina Markowicz, e o curta Bayard Street (2024) da diretora Cindy Chu. Se você perdeu, vem conferir 👇
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